desvanecia

Neste breve espaço comum,
ciganeavam detalhes de cor,


como o postal de oliveiras montanhosas,
- destes que largam em bancas velhas de jornal no centro das cidades nordestinas.


secou cada gota,
cada céu,
cada mar.

assim iam-se os dias
como as horas de um carteiro cabisbaixo,
incurioso, de riso circunspecto!

um despiciendo sentir-se,
oco,
cinza,

atentou-se
quase que clinicamente, ao olhar,

em guarda de sinais de flores.



A quantas acusações feitas,
esses caminhos de terra sentada
de tanto que foram trilhados,
levam-nos sempre ao mesmo espetáculo:
a comédia comum da vida.

Algo se perde, e sempre se perde,
de forma outra, ou de uma,
de uma outra, ou de forma.
Algo se vai pelo coração.
- algo mais pela razão -
da última vez que optei pelo certo,
o tempo mostrou que: nada á de mais certo!
– Com tudo; me lembro bem,
desde aquele dia,
razoavelmente
a vida tornou-se certa,
negando o coração
em curva linha reta,
relatando a parada da vida.
- e minha intenção de não voltar
a viver.
"finja em quanto á tempo para fingir,
e no fim,
além de toda perca,
perdeste até mesmo
a mim."

"esses por ai que se dizem tão diferentes, são tão comuns..."