Me fazer tão mal quanto sair ao vento após o banho,
não saber qual porta leva a rua.
Toda porta aberta encontrá-la.
Sentar ao sol enquanto as pessoas
Passam apressadas.
lembrar de outras vezes em que
foi desperdiçado o tempo com futilidades sentimentais,
não que os sentimentos não sejam valorosos.
Somente não gostar de perder tempo, porque se perde.
E sem a menor preocupação de deixar pistas e explicações,
duvidar das próprias certezas.

Precisar de certos parâmetros, certezas.
Perder e enlouquecer num mundo louco,
Duvidar disso também. Perder-se em pensamentos,
não ser o ser que habita, habitar-se a sensações estranhas, confusas.
Passar horas escrevendo,
Sem meio, inicio ou fim.
Jogar palavras no vento, recheá-las de confusão,

não querer pensar, não querer contar,
desejar a calmaria, querer o esquecimento,
imaginar que não é mentira.
Ser cinco e doze da tarde,
repensar a necessidade
da companhia dos amigos,
do quarto, dos livros

do aquecedor e dos pensamentos.
Sair no vento, após o banho,
esquentar-se nas cobertas,
sentir a falta
daquelas pernas.

Nenhum comentário: